Estamos vivendo em uma era onde a Inteligência Artificial não é mais uma tendência futura, mas uma realidade presente em nossas vidas profissionais e pessoais.

A cada dia, novas tecnologias nos desafiam a repensar como trabalhamos, tomamos decisões e nos conectamos. Nesse cenário, pode parecer tentador delegar parte de nossas funções cognitivas às máquinas, mas isso seria um erro estratégico. Sou apaixonada por Aprendizagem e não posso deixar de falar sobre porque precisamos treinar o nosso cérebro para termos uma alta performance cognitiva criando uma parceria proveitosa com a IA, considerando o resultado, mas também a diminuição do esforço.

Por que a Performance Cognitiva ainda é o diferencial humano?

Embora a IA tenha se mostrado excepcional em tarefas repetitivas, analíticas e preditivas, há uma área onde ela ainda não nos supera: a capacidade de pensar de forma crítica, criativa e empática. As habilidades cognitivas referem-se à capacidade do cérebro de realizar tarefas mentais com eficiência, entre elas, memória, atenção, raciocínio, linguagem, resolução de problemas e tomada de decisões. A performance cognitiva vai além do processamento de informações; ela envolve a habilidade de conectar ideias de maneira única, tomar decisões complexas em situações ambíguas e, acima de tudo, manter uma identidade autêntica em meio à mudança constante.
Em um ambiente de trabalho, essas habilidades são fundamentais para manter a produtividade e a inovação. E na vida cotidiana, é essencial para uma vida leve, fluida e saudável.

O que significa desenvolver a performance cognitiva na era da IA?

Desenvolver a performance cognitiva hoje é fortalecer a resiliência mental, a adaptabilidade e a capacidade de aprender ao longo da vida. É ser capaz de questionar o status quo, fazer perguntas certas e encontrar soluções inovadoras para problemas inéditos. Isso não apenas nos diferencia das máquinas, mas também nos permite trabalhar em conjunto com elas de maneira mais eficaz, usando a tecnologia como uma extensão das nossas capacidades, e não como um substituto.
Assim, algumas habilidades fundamentais devem ser desenvolvidas:

Adaptabilidade:

O mundo está em constante mudança, e a capacidade de se adaptar rapidamente é crucial. Uma mente treinada consegue absorver novas informações e ajustá-las às realidades em constante transformação.

Tomada de Decisão:

Um cérebro ágil e bem treinado pode avaliar informações com precisão e tomar decisões mais acertadas, mesmo sob pressão. Isso é vital em ambientes corporativos onde a velocidade e a precisão são essenciais.

Criatividade e Inovação:

Desenvolver a performance cognitiva também estimula a criatividade. Um cérebro ativo é mais propenso a encontrar soluções inovadoras para problemas antigos, o que pode ser um diferencial competitivo.

Saúde Mental:

O desenvolvimento cognitivo não é apenas sobre produtividade. Ao fortalecer as habilidades cognitivas, também contribuímos para o bem-estar emocional, prevenindo o estresse e o esgotamento mental.

Acredite que o futuro pertence a quem domina a combinação: tecnologia + mente humana.

A tecnologia afeta o conhecimento sobre o cérebro, nossos relacionamentos e a força de trabalho. Empresas e profissionais que entendem essa combinação estão moldando o futuro. Não se trata de competir com a IA, mas de integrá-la ao nosso desempenho cognitivo para maximizar o impacto, uma vez que o verdadeiro valor surge quando usamos a IA para liberar tempo e energia mental para atividades que exigem nossa humanidade: a análise de valor, o propósito, a empatia e a criatividade.

Ao aprimorarmos nossas habilidades cognitivas, nos tornamos mais preparados para enfrentar os desafios complexos do futuro, criando um espaço onde a inteligência artificial e a inteligência humana trabalham em harmonia. A era da IA não diminui a importância da performance cognitiva humana; pelo contrário, a eleva.

E não se esqueça, a sua performance cognitiva colocará no mundo a sua voz autoral e garantirá que o aprendizado ao longo da vida será prazeroso e muito mais fácil.

Adriana Mello
Neuropsicopedagoga e Mestre em Administração